IGREJA DE CRISTO EM UGANDA |
BBC Brasil
"O líder do LRA, Joseph Kony. "
"Nosso Comentário: há muitos anos li sobre essa guerrilha na Uganda eles entram em aldeias cristãos e raptam as crianças, formando um exército de meninos, acredita-se que esse líder beira à loucura!"
O governo americano anunciou nesta sexta-feira ter enviado mais de 100 soldados para a Uganda, para ajudar nas operações de combate ao grupo guerrilheiro Exército de Resistência do Senhor (LRA, na sigla em inglês).
O LRA é acusado de cometer violações de direitos humanos durante as últimas duas décadas em Uganda e em países vizinhos, deixando milhares de mortos. Entre as acusações, há crimes como assassinatos em massa, estupros e sequestros.
O líder do grupo, Joseph Kony, é procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade.
Ao anunciar o envio das tropas nesta sexta-feira, o presidente americano, Barack Obama, disse que as atrocidades cometidas pelo LRA representam uma 'ameaça desproporcional' à segurança regional.
Em uma carta ao Congresso americano, Obama afirmou que o objetivo principal dos soldados seria dar informações e orientações para 'forças de nações parceiras'.
Um grupo de militares já está em Uganda e pode ser enviado para outros países da África central, caso os governos regionais aprovem a intervenção.
'Captura ou morte'
'Eu autorizei o envio à África central de um pequeno número de soldados americanos equipados para o combate para dar auxílio às forças regionais que estão trabalhando para a remoção de Joseph Kony do campo de batalha', escreveu Obama.
Mas o presidente ressaltou que 'apesar de estarem equipadas para o combate, eles (os soldados) não irão enfrentar diretamente as forças da LRA a não ser que seja necessário como autodefesa'.
Obama não deu detalhes sobre a duração da operação, mas um porta-voz do Exército americano disse à BBC que 'as tropas estão preparadas para ficar o tempo que for necessário para capacitar as forças regionais a continuarem de maneira independente'.
Segundo o correspondente da BBC em Washington, Marcus George, a equipe usará equipamento de alta tecnologia para ajudar no que os analistas descrevem como uma política de 'morte ou captura'.
O envio de soldados foi anunciado com base em uma lei aprovada em maio de 2010, que autoriza o governo a dar assistência para desarmar o LRA e levar seu líder para a justiça.
George diz que a política segue a teoria de que, sem o líder, o movimento pode entrar em colapso internamente.
Procurados
Pelo menos 30 mil pessoas morreram durante os mais de 20 anos em que o grupo atuou no norte da Uganda, desalojando cerca de 2 milhões de pessoas.
O LRA é conhecido por sequestrar crianças, forçando os meninos a se tornarem guerrilheiros e as meninas a serem escravas sexuais.
O grupo é considerado uma organização terrorista pelo governo americano e opera principalmente em países vizinhos da Uganda, como a República Democrática do Congo, o Sudão do Sul e a República Centro-Africana.
Joseph Kony e seus aliados próximos são procurados pelo Tribunal Penal Internacional (ICC, na sigla em inglês) desde 2005.
Ele se recusou a assinar um acordo de paz com o governo da Uganda em 2008, quando o país não conseguiu garantir a anulação dos mandatos de prisão do ICC.
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